A Mover el Culo

Illya Kuryaki & the Valderramas

Shakirão

Anônima Cheia de Talento

Partindo na Pressão.

3 Musicas em Preto & Branco

Fred Astaire era o dono dessa musica do Irving Berlin. Até que o Sinatra resolveu canta-la numa levada bossa-nova no seu disco com o Tom Jobim.

Cambalache, clássico de Enrique Santos Discepolo foi gravado por todo mundo que importa no submundo do tango. Até Caetano e Raulzito gravaram.

Nancy, a filha do Sinatra, bombou muitos anos antes do Tarantino “redescobri-la”.

Bom sábado.

Mick Jagger Na Aba do Chapéu Alheio

Esse Mick Jagger não se toca, o cara gosta muito de aparecer. Não perde uma chance de dar uma palinha. Se fosse brasileiro ia estar todo sábado no Raul Gil e toda hora dando entrevista pro Amaury Jr.

Em 1975 fez backing vocal pra Carly Simon.

Em 1982 foi papagaio de pirata do Peter Tosh.

Em 1985 se pendurou no rabo do cometa Michael Jackson.

Ainda bem.

Grandes Momentos da Dança Moderna

Que é isso, fera?

Sensacional.

Make It Real

Teve gente que destestou a seqüência da festinha bagaceira. Fazer o quê, né?  Mas os criativos (acho que da McCann Erickson) que cuidam da conta da Coca-Cola na Alemanha se amarraram no riff de guitarra do De Falla.

Abraço ai, galerinha do bon goût.

Fui numa festinha na sexta-feira

estilo2Lá pelas tantas, pista bombada, espíritos etílicos libertos, entra uma sequência clássica que leva a galera à insanidade. Tenho que reproduzir pra vocês. Sente só, era bagaceira pura.

Boa semana de ralação pra todos nós.

Malandro é Malandro e Mané é Mané

bezerra na moralEu sei que tava demorando, meus camaradas. Onde é que já se viu uma papagaiada dessas? O Bagaceira já tem quase uma semana de vida e ainda não tinha fortalecido o Mais Velho, o Mestre, o Embaixador das Favelas, José Bezerra da Silva (Recife, 23 de fevereiro de 1927 — Rio de Janeiro, 17 de janeiro de 2005).

Bezerra dispensa apresentações e qualificativos, tá aí um cara que simplesmente é. Nem vou me meter tentar falar tudo sobre o Bezerra. A sua longa carreira de percussionista, compositor, intérprete, musico da orquestra da Globo, Rei do Côco e Patrão do Pagode é uma seqüência de momentos memoráveis que certamente serão abordados com o devido respeito em um breve futuro.

Vou cortar a caôzada e partir logo pros vídeos (esse blog até agora não é nada além do que uma colagem tosca de vídeos, preciso encontrar logo um nicho pra ele, se não, ele morre como os blogs anteriores). Pra começar, uma das inúmeras list songs que Bezerra imortalizou. As 40 DPs (Gil de Carvalho) pode ser considerada um tremendo desbaratino de quem era acusado de fazer apologia da bandidagem, fala só dos canas.

Mudando de pau pra cacete e comprovando toda a sua versatilidade, em  A Fumaça Já Subiu pra Cuca (Adelzonilton e Tadeu do Cavaco) Bezerra dá voz definitiva ao vasto conhecimento da malandragem sobre o arcabouço jurídico brasileiro.

Na fantástica Zé Fofinho de Ogum (Embratel do Pandeiro e Dario Augusto) (outro dia podemos falar sobre os inacreditáveis nomes dos compositores do Bezerra), o Mestre passeia pelo universo dos trambiques e do sincretismo religioso. É pra ouvir, curtir e rir muito.

Pra encerrar, um jabázinho básico. O humilíssimo curta-metragem O Dia em Que o Bambu Quebrou no Meio que fiz com meu irmão de fé Pedro Asbeg no dia do velório de Bezerra, com Dicró, Preto Maneiro, Sarabanda e vários de seus parceiros. Esse filme ganhou até o prêmio de Melhor Curta Escolha Popular, no Festival de Cinema de São Paulo em 2006.

Partiu, malandragem. Abraço.

Musica Pra Cocota Rebolar a Bundinha no Baile

Cover-All The Girls

No Rio de Janeiro, nos late 70’s, antes de estourar a onda Disco, a galera hypada era chamada de cocota. O visual  basico dos cocotas consistia em cabelos parafinados, camisa Hang Ten, calça boquinha e tenis Pampero, All Star ou Flexa. Tinha uns comédias que penduravam no pescoço uma ridicula pranchinha de acrílico e assim estavam prontos e adequadamente vestidos  pra ir nas domingueiras do Clube Campestre, dar trambique no ônibus  circular, comer sanduíche Angélico no Gordon ou pra se afogar na Praia do Diabo em dia de ressaca. Eram tempos fortemente ridiculos, que me esforço pra esquecer. Mas algumas músicas dessa época ficaram na memória pra sempre.

Clássico do Bachman Turner Overdrive, Hold Back the Water virou na hora Vou Dar Porrada e até hoje bomba nas pistas.

O impagável Bonney M forçava muito o envelope operacional nas suas performances.  Se liga que o cara é pré Disco. Eram tempos inocentes, imagina que clips como esse de Daddy Cool,  passavam impunemente  no Fantástico, no Som na Caixa do Monsieur Limá  e até entre os desenhos animados e ninguém achava que era um absurdo lascivo e impróprio pra molecadinha.

Hoje em dia ninguém mais lembra do Grand Funk Railroad, power banda dos anos 70 liderada por Mark Farmer. Mas no tempo das cocotas eles eram os caras. A capa do álbum All The Girls in the World Beware!!!, que ilustra o post, se tornou um ícone da época. The Locomotion talvez seja a canção mais famosa dos caras.

Ah, quase ia esquecendo, os cocotas se revoltavam quando eram chamados de cocotas. Abraço.

Dos Para Allá, Dos Para Acá

BE038512Mestre Bezerra da Silva, em sua imensa sabedoria, sempre dizia que nunca viu ninguém dar dois em nada e que se visse tava tudo bem. Essa é a Lei do Morro que ele nos ensinou a seguir. Com o devido respeito ao cadáver ilustre do Embaixador das Favelas hoje a Bagaceira vai dar uma de dedo de seta, boca-de-radar, computador do capeta e entregar de bandeja 3 bolerinhos da melhor qualidade. Não faz essa cara, não. Bolero é musica perfeita pra dançar.

Não estou zoando, o bolero merece respeito. Não existe coisa mais jeca do que desdenhar daquele que talvez seja o único gênero musical que, a despeito de sua certidão de nascimento hispano-mexicana, seja parte integrante da cultura de todos os países da América Latina. Se liga que o bolero é pai biológico do samba-canção, do mambo (bolero-mambo), do cha cha cha, da salsa e da bachata da República Dominicana. Ou seja, do mesmo jeito que o Bezerra era bem chegado e considerado em qualquer jurisdição, nas Américas o bolero está sempre em casa.

Aposto que depois de ouvir o Trio Los Panchos e Eydie Gormé, que, desfiando o clássico de Alvaro Carrillo, Sabor a Mi, você também vai achar o bolero legal.

Ouve agora aquele que é considerado um dos maiores interpretes do bolero mundial, o chileno Lucho Gatica, arrebentando com um dos boleros mais tristes e bonitos que existem, La Barca, de Roberto Cantoral.

Pra encerrar essa seção cucaracha ouça bolero mais conhecido do mundo, já gravado por Beatles, Gal Costa e Frank Sinatra. Besame Mucho, de Consuelo Velásquez, interpretado pelo ícone pop Javier Solís.

Adios, muchachos!

É Som de Preto, de Favelado…

Mas quando toca, ninguém fica parado. Positivo, é assim mesmo que rola. A Bagaceira, na humildade, abriu de soul e vai continuar no batidão da black music. Agradeço aos leitores que pintaram e deixaram comentários encorajadores, valeu demais a moral.

Bom, pra comprovar que o que faz a diferença não é nem a latitude e nem a longitude e sim a melanina, deixo na de vocês algumas pérolas negras catadas no iutubi durante essa trabalhosa tarde paulistana.

Para a molecada mais nova, que pensa que o mundo só começou depois que Coolio nasceu, separei a seminal Pastime Paradise, gema que Stevie Wonder incrustou na sua obra prima The Songs in The Key of Life, de 1973.

Da hollywoodiana CDD chegam dois caras do conceito, os MCs Cidinho e Doca, detonando o hoje clássico Rap das Armas, que bombou muito em 96.

Repare como a vibe que rola nos bohíos da periferia de Havana é a mesma dos barracos de qualquer favela brasileira. Em A Lo Cubano os Orishas misturam isso com santería, comunismo e Compay Segundo. Foi hit mundial em 2000.

Pop Staples foi um artista que fez sucesso mediano na América cantando blues, R&B, gospell e até canções de protesto nos anos 60. Aqui ele interpreta magistralmente Papa Legba, canção que David Byrne, do Talking Heads, fez para seu próprio longa-metragem de ficção, o subavaliado True Stories, de 1986.

Pra fechar com tudo a Bagaceira de hoje a tiração de onda braba do cafetão honorário Rick James, com seu megahit de 1981, Superfreak.

Por hoje é só, rapaziada. Amanhã eu acho que tem mais. Partiu.